30 perguntas sobre Depressão explicadas por especialistas

A depressão é uma das perturbações mentais mais prevalentes do século XXI, com impacto significativo na saúde global.

Embora reconhecida como uma doença grave pela comunidade médica, persistem ainda muitos mitos, estigmas e dúvidas sobre o seu diagnóstico, causas, manifestações e tratamento.

Neste artigo reunimos as 30 perguntas mais frequentes sobre a depressão, agrupadas em cinco grandes áreas:

  1. Causas e Fatores de Risco,
  2. Compreender a Depressão,
  3. Sintomas e Sinais de Alerta,
  4. Tratamento e Recuperação,
  5. Consulta e Diagnóstico,
  6. Percepções Sociais e Estigma.

Cada resposta é elaborada do ponto de vista médico, com base no conhecimento científico atual e na experiência clínica acumulada pelos profissionais do Instituto.

O objetivo é esclarecer, informar e humanizar o entendimento sobre esta doença e promover uma atitude de maior empatia, vigilância e apoio.

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Causas e Fatores de Risco

1. O que está na base do aparecimento da depressão?

A depressão resulta da interação de múltiplos fatores, como por exemplo:

  • Predisposição genética, 
  • Alterações neuroquímicas, 
  • Eventos de vida adversos
  • Fatores psicossociais. 

Se por um lado pode haver disfunções nos sistemas serotoninérgico, dopaminérgico e noradrenérgico que estejam na base da doença. 

Por outro, os traumas precoces, o stress crónico, o isolamento social ou as perdas significativas podem desencadear episódios depressivos em pessoas já por si vulneráveis.

 

2. A depressão pode ter uma causa física, como hormonal?

Sim. 

Há perturbações endócrinas que estão associadas a sintomas depressivos, como:

  • Hipotiroidismo, 
  • Alterações do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal
  • Alterações hormonais no pós-parto ou na menopausa, 

A avaliação médica deve incluir sempre uma investigação orgânica quando há suspeita clínica.

Vejamos em maior detalhe:

1 – Hipotiroidismo:

O hipotiroidismo é uma doença em que a glândula tiróide produz quantidades insuficientes de hormonas tiroideias (T3 e T4). 

Estas hormonas são essenciais para o metabolismo geral do organismo, incluindo o funcionamento cerebral.

A deficiência hormonal pode causar:

  • Fadiga intensa
  • Letargia
  • Tristeza persistente
  • Diminuição da concentração
  • Lentificação cognitiva

Estes sintomas mimetizam frequentemente um quadro depressivo e, por isso, em qualquer avaliação psiquiátrica, é necessário despistar alterações da função tiroideia (TSH, T3, T4).

Quando o hipotiroidismo é tratado, os sintomas depressivos costumam regredir.

2 – Alterações do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA)

O eixo HHA é o principal sistema neuroendócrino responsável pela resposta ao stress. E envolve três estruturas:

  • O hipotálamo (no cérebro)
  • A hipófise (glândula pituitária)
  • As glândulas suprarrenais (acima dos rins)

Num estado depressivo, este eixo pode estar hiperativo ou disfuncional, levando a:

  • Produção excessiva de cortisol (a “hormona do stress”)
  • Supressão de outros sistemas hormonais
  • Desequilíbrios no sono, apetite e humor

Estes mecanismos estão associados à neuroinflamação e à redução da neurogénese, contribuindo para alterações cerebrais estruturais e funcionais observadas na depressão.

A regulação do eixo HHA é um processo gradual que depende da estabilização emocional, da diminuição do stress crónico e da correção de padrões fisiológicos e comportamentais desadaptativos.

3 – Alterações hormonais no pós-parto ou na menopausa

 

➤ Pós-parto

No período após o parto, há uma queda abrupta dos níveis de estrogénio e progesterona, hormonas que estiveram elevadas durante a gravidez. 

Esta descida, associada a alterações no sono, fadiga extrema e exigências emocionais, pode desencadear:

  • Tristeza pós-parto (transitória e comum)
  • Ou depressão pós-parto (patológica e mais grave)

 

➤ Menopausa

Durante a menopausa, a redução progressiva dos estrogénios pode levar a alterações no humor, irritabilidade, insónia e ansiedade. 

As mulheres com antecedentes de depressão têm um maior risco de recaída nesta fase da vida.

Estas perturbações não causam obrigatoriamente depressão, mas aumentam a vulnerabilidade. 

Por isso, na avaliação de qualquer quadro depressivo, o médico deve sempre considerar a hipótese de uma causa endócrina subjacente e proceder a exames complementares quando clinicamente justificado.

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3. A depressão é uma doença hereditária?

Existem evidências de predisposição genética. 

Há estudos com gémeos e famílias que indicam que parentes de primeiro grau de indivíduos com depressão major têm um risco aumentado. 

No entanto, a hereditariedade não é determinista – os fatores ambientais continuam a desempenhar um papel mais relevante.

 

4. A partir de que idade pode surgir a depressão?

A depressão pode surgir em qualquer fase da vida, incluindo na infância e na adolescência. Contudo, os primeiros episódios ocorrem mais frequentemente entre os 15 e os 30 anos. 

A sua apresentação varia com a idade, sendo frequentemente subdiagnosticada em idosos e adolescentes.

Os idosos e os adolescentes tendem a apresentar quadros atípicos, o que dificulta o diagnóstico e contribui para que a doença seja frequentemente subvalorizada ou confundida com outras patologias.

Em Idosos

Nos adultos mais velhos, a depressão pode não se manifestar com tristeza declarada, mas sim com sintomas como:

  • Queixas somáticas vagas (dores, mal-estar, insónia)
  • Apatia, isolamento social, lentificação
  • Perda de memória ou confusão (podendo simular demência – “pseudodemência depressiva”)
  • Falta de interesse nas atividades diárias ou recusa alimentar

Estes sintomas são muitas vezes atribuídos erradamente ao envelhecimento normal ou a doenças físicas crónicas, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento adequado.

Em Adolescentes

Nos jovens, a depressão pode surgir com:

  • Irritabilidade em vez de tristeza
  • Agressividade, impulsividade ou comportamento de risco
  • Diminuição do rendimento escolar
  • Queixas físicas recorrentes (cefaleias, dor abdominal)
  • Isolamento digital ou comportamentos autolesivos

Como a adolescência é um período de transformação emocional, estes sinais podem ser confundidos com “fases normais do crescimento”, levando à banalização do sofrimento psicológico.

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5. É possível prevenir a depressão?

Embora nem sempre seja possível evitar a doença, há fatores protetores que reduzem o risco: 

  • Apoio social, 
  • Prática regular de exercício, 
  • Sono adequado, 
  • Alimentação equilibrada 
  • Uma boa capacidade de gestão emocional.

 

6. Quem é mais afetado: homens ou mulheres?

As mulheres apresentam uma prevalência aproximadamente duas vezes superior à dos homens. 

Essa diferença pode estar relacionada com fatores hormonais, culturais e sociais. 

Os homens, por sua vez, tendem a apresentar quadros mais silenciosos e com maior risco de suicídio.

Explicamos em maior detalhe:

Nos homens, muitas vezes a depressão não se manifesta como tristeza ou choro, mas através de:

  • Irritabilidade e agressividade
  • Comportamentos de risco (condução perigosa, abuso de substâncias)
  • Isolamento emocional
  • Desvalorização dos sintomas (“estou apenas cansado”)

Este tipo de apresentação — mais comportamental e menos emocional — escapa frequentemente aos critérios tradicionais de rastreio, o que leva a menor taxa de diagnóstico e de procura espontânea de ajuda.

Por outro lado, muitos homens crescem com a ideia de que demonstrar as emoções é sinal de fraqueza. Isto dificulta a verbalização do sofrimento e retarda a procura de apoio clínico.

Além disso, há uma maior tendência para minimizar ou negar os sintomas, mesmo perante um sofrimento significativo.

E é também devido a essa razão que muitos homens tendem a desvalorizar os sintomas depressivos nas suas esposas ou companheiras, e essa atitude pode ter consequências graves no diagnóstico precoce e na adesão ao tratamento da mulher.

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A explicação envolve fatores culturais, emocionais e relacionais, que merecem ser analisados com cuidado:

1 – Falta de literacia em saúde mental

Muitos homens não reconhecem ainda a depressão como uma doença real e veem-na como “falta de força de vontade”, “fraqueza emocional” ou “dramatismo”.

Isto conduz à desvalorização das queixas da parceira, com frases como:

  • “Estás a exagerar”
  • “Isso passa com trabalho”
  • “Tens tudo para estar bem”
  • “Não tens razão nenhuma para te queixares”
  • “Tens de ganhar fibra”

Estas atitudes agravam o sofrimento psicológico e alimentam os sentimentos de culpa e solidão na mulher.

2 – Dificuldade em lidar com vulnerabilidade alheia

Para muitos homens, ver a companheira em sofrimento emocional profundo ativa sentimentos de impotência. E em vez de acolherem o problema, alguns homens tentam racionalizá-lo ou negá-lo, como forma inconsciente de se protegerem do desconforto emocional.

3 – Pressões culturais e de género

Em contextos familiares mais tradicionais, o papel de cuidadora emocional ainda é maioritariamente atribuído à mulher. Quando esta “quebra”, o homem pode sentir-se desorientado, não preparado para cuidar da saúde emocional da parceira, o que leva à minimização do problema.

4 – Consequências clínicas desta desvalorização

  • Atraso no pedido de ajuda
  • Sentimentos de incompreensão e isolamento
  • Agravamento da depressão e risco de suicídio
  • Rutura da relação conjugal por ausência de apoio emocional

Compreender a Depressão: Conceitos Clínicos

7. A depressão é uma doença mental?

Sim. A depressão é uma perturbação do humor classificada nos sistemas internacionais de diagnóstico, como o DSM-5 e a CID-11. 

Estima-se que mais de 280 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de depressão.

Tem critérios específicos de diagnóstico clínico e representa uma das principais causas de incapacidade funcional em todo o mundo.

A Perturbação Depressiva Major é diagnosticada com base em critérios clínicos objetivos e padronizados, definidos pela comunidade científica internacional.

Para ser feito o diagnóstico de um episódio depressivo maior, o doente deve apresentar, durante pelo menos duas semanas consecutivas, cinco ou mais dos seguintes sintomas, sendo obrigatório que um deles seja humor deprimido ou anedonia (perda de interesse ou prazer):

  1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias
  2. Perda de interesse ou prazer nas atividades habituais
  3. Alterações significativas do apetite ou peso
  4. Insónia ou hipersónia
  5. Agitação ou lentidão psicomotora
  6. Fadiga ou perda de energia
  7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva
  8. Dificuldade de concentração ou indecisão
  9. Pensamentos de morte ou ideação suicida

Para além disto, os sintomas devem causar sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou noutras áreas importantes da vida do indivíduo, não podendo ser explicados por substâncias ou outras doenças médicas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é uma das doenças que mais contribui para anos vividos com incapacidade (YLDs). 

O YLDs é um indicador epidemiológico utilizado na saúde pública para medir o impacto não letal das doenças e perturbações na qualidade de vida das populações.

A depressão, embora raramente seja letal diretamente, é uma das principais causas de YLDs a nível mundial, porque:

  • É muito prevalente
  • Tem longa duração quando não tratada
  • Afeta severamente a capacidade funcional e emocional
  • Agrava-se com comorbilidades (ansiedade, dor crónica, doenças cardiovasculares)

A depressão é a principal causa isolada de YLDs em mulheres e adolescentes, e está entre as três primeiras em todas as idades.

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8. Qual é a fisiopatologia da depressão?

A fisiopatologia envolve alterações nos circuitos neurobiológicos, sobretudo nos neurotransmissores cerebrais. 

Existe uma hipofunção nos sistemas da serotonina, dopamina e noradrenalina. Bem como, alterações no eixo HPA (hipotálamo-hipófise-adrenal), neuroinflamação e atrofia de estruturas cerebrais como o hipocampo.

 

9. O que significa dizer que a depressão é uma doença neuroquímica?

Significa que há alterações mensuráveis na química cerebral, nomeadamente na produção, libertação e recetividade de neurotransmissores envolvidos na regulação do humor, sono, apetite e motivação. 

Estas alterações justificam, em parte, o uso de antidepressivos no tratamento.

 

10. Qual é a diferença entre tristeza e depressão?

A tristeza é uma emoção humana normal, transitória e com causa identificável. 

A depressão, por sua vez, é uma condição clínica persistente, desproporcional ao evento desencadeante (se existir), e com impacto funcional significativo no dia a dia da pessoa.

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11. Como se manifesta a depressão?

A depressão manifesta-se por humor deprimido, anedonia, fadiga, alterações do sono e apetite, perda de concentração, baixa autoestima, sentimentos de culpa e, por vezes, pensamentos suicidas. 

O quadro clínico pode incluir também sintomas somáticos inexplicáveis

 

12. Qual a diferença entre os principais tipos de depressão?

A depressão major caracteriza-se por episódios intensos e incapacitantes; a distimia por sintomas mais ligeiros mas persistentes; a depressão bipolar integra-se em ciclos de humor; a psicótica apresenta delírios ou alucinações; a pós-parto está ligada ao puerpério; e a sazonal ocorre tipicamente no outono-inverno.

 

13. Qual é a depressão mais grave?

A depressão com sintomas psicóticos e a depressão resistente ao tratamento são consideradas as formas mais graves, devido ao risco elevado de suicídio e à dificuldade terapêutica. 

Ambas exigem intervenção médica urgente e multidisciplinar.

 

14. A depressão pode ser cíclica?

Sim. A depressão pode ocorrer em episódios isolados ou ser recorrente, com períodos de remissão entre episódios. 

Em alguns casos, insere-se no espectro bipolar. A continuidade do tratamento é fundamental para prevenir recaídas.

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Sintomas e Sinais de Alerta

15. Quais são os sinais de alarme da depressão?

Alguns dos sinais de alarme da depressão são a ideação suicida, a perda de interesse total pela vida, a incapacidade de realizar atividades básicas, o isolamento social severo, a automutilação, as alterações abruptas no comportamento e o agravamento de doenças físicas sem causa orgânica.

 

16. Quais as principais consequências de uma depressão não tratada?

A ausência de tratamento pode levar à cronicidade da doença, deterioração das relações sociais e laborais, abuso de substâncias, ideação suicida e aumento da mortalidade por causas físicas.

 

17. O que não se deve fazer quando se está deprimido?

Negar a doença, automedicar-se, consumir álcool ou drogas para lidar com os sintomas e isolar-se. 

De forma similar deve-se evitar minimizar os sintomas ou esperar que “passem sozinhos”, pois tal agravará o quadro clínico.

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Tratamento e Recuperação

18. A depressão pode ser tratada sem acompanhamento médico?

Não. Embora as estratégias de autocuidado sejam importantes, a depressão exige avaliação e seguimento clínico, com um plano terapêutico ajustado por profissionais.

 

19. Quanto tempo demora a recuperação de uma depressão?

Depende da gravidade e da resposta ao tratamento. 

Alguns doentes melhoram em semanas, outros em meses. O acompanhamento contínuo reduz o risco de recaídas.

 

20. Como ajudar uma pessoa com depressão?

Estar presente, ouvir sem julgar, incentivar a procurar ajuda profissional e acompanhar nos momentos difíceis. 

A empatia e o apoio familiar são cruciais na recuperação.

 

21. A alimentação influencia a depressão?

Sim. As carências nutricionais (como ómega-3, ferro, vitamina D ou B12) podem agravar os sintomas. É importante manter uma dieta equilibrada.

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Consulta e Diagnóstico

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22. Quanto tempo dura uma consulta de depressão?

A consulta inicial dura entre 45 a 60 minutos

A consulta da Depressão, por norma, inclui uma avaliação clínica, a exploração dos sintomas e a definição do plano terapêutico. As consultas subsequentes poderão ser mais breves.

 

23. O tratamento da depressão é sempre com medicamentos?

Não. Há inúmeros casos que respondem bem à psicoterapia isolada. 

A medicação é indicada quando os sintomas são moderados a graves ou persistem sem resposta.

 

24. Posso marcar consulta para um familiar?

Sim. Qualquer pessoa pode contactar uma unidade de saúde hospitaleira para agendar uma avaliação para um familiar, desde que haja consentimento.

 

25. Qual é a diferença entre um psiquiatra e um psicólogo?

O psiquiatra é um médico que faz o diagnóstico e pode prescrever medicamentos, para além de psicoterapia. 

O psicólogo clínico realiza psicoterapia estruturada e avaliação emocional. 

As intervenções do psiquiatra e do psicólogo são complementares e sinérgicas.

 

26. Como saber se preciso de ajuda especializada?

Se os sintomas persistirem por mais de duas semanas e afetarem a vida pessoal, familiar ou profissional é, sem dúvida, importante consultar um especialista.

 

27. O que fazer em caso de crise suicida?

Procurar ajuda imediata num serviço de urgência ou contactar uma linha de apoio psicológico. Nunca ignore sinais de risco.

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Percepções Sociais e Estigma

28. Porque é que há uma tendência para desvalorizar a depressão, sobretudo nas mulheres?

Há questões culturais e históricas que associam a fragilidade emocional às mulheres, levando à banalização dos seus sintomas depressivos. Isto dificulta o diagnóstico precoce e perpetua o estigma.

 

29. Porque é que ainda há tanta dificuldade em entender que uma pessoa deprimida está gravemente doente?

A desvalorização da doença deve-se à ausência de sinais físicos visíveis e ao desconhecimento generalizado da fisiopatologia da depressão. É por isso fundamental que haja cada vez mais educação para a saúde mental.

 

30. A depressão tem cura?

Sim. Com o tratamento adequado, a maioria dos doentes recupera. 

Em casos crónicos, é possível alcançar uma remissão prolongada e uma vida funcional com acompanhamento.

 

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