Cláudia Antunes em entrevista à Ecclesia, destaca “dever de informação” e “responsabilização”.
Numa entrevista exclusiva concedida no Dia Internacional da Mulher, Cláudia Antunes, coordenadora da pastoral da saúde das Irmãs Hospitaleiras, realçou a importância da celebração, salientando o “dever de informação” e “responsabilização” perante as injustiças e falta de dignidade enfrentadas pelas mulheres.
Claudia Antunes, em destaque no programa ECCLESIA, sublinhou que é crucial olhar para o Dia Internacional da Mulher como “um caminho necessário a construir”, expressando preocupação com a falta de reconhecimento da dignidade feminina em várias regiões do mundo, incluindo Portugal.
“Há um caminho que se está a percorrer e infelizmente há muitas zonas do globo onde a dignidade da mulher ainda não é respeitada e valorizada. Este dia não é para desvalorizar, há que marcar, mas dar passos concretos na dignificação da mulher. É um caminho que temos de continuar a fazer”, enfatizou Antunes.
A coordenadora da pastoral da saúde sublinhou ainda a responsabilidade de informar-se sobre as situações que envolvem a falta de reconhecimento das mulheres em Portugal, destacando a necessidade de consciencialização e responsabilização.
Cláudia Antunes, que inicialmente teve uma carreira na área de Matemática e banca, partilhou o seu caminho, afirmando que a sua escolha pelas Ciências Religiosas foi impulsionada por um amadurecimento pessoal e uma busca espiritual.
Ao discutir a sua mudança para a assistência espiritual nas unidades hospitaleiras das Irmãs Hospitaleiras, Cláudia Antunes descreveu a experiência como um “privilégio enorme”, destacando a importância de facilitar o encontro das pessoas consigo mesmas, com os outros e com Deus.
Na assistência que presta, Cláudia Antunes valoriza as características femininas, como a persistência, resiliência e o amor materno, que são fundamentais no acompanhamento dos doentes. Destaca a importância de celebrar o Dia Internacional da Mulher com compromisso e responsabilidade, associando as palavras vida, esperança, compromisso e amor à participação ativa na sociedade, incluindo nas eleições e na defesa da dignidade da mulher.
Veja a entrevista na íntegra: