Água é vida, água é alimento.
Hoje, dia 16 de outubro, celebra-se o “Dia Mundial da Alimentação”. Este dia foi criado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em 1981, com o objetivo de chamar a atenção para questões relacionadas com a alimentação. O tema deste ano é “Água é vida, água é alimento”.
A água é um dos principais elementos da natureza e é essencial para a vida. Apesar de cerca de 70% da superfície terrestre ser água, apenas 1% desta é água doce disponível para consumo, sendo muito importante a tomada de consciência de que temos de a poupar.
À semelhança do planeta Terra, também o nosso corpo é maioritariamente constituído por água (cerca de 60%). A água é um nutriente vital com múltiplas funções no corpo humano.
A água é um material de construção fundamental para todas as células, tecidos e órgãos do corpo, ajudando a manter a sua estrutura. Fornece suporte e elasticidade mantendo as células juntas e protegendo-as de danos. A água atua como solvente para várias moléculas, permitindo uma serie de reações químicas.
Funciona também como meio de transporte, uma vez que, mais de 90% do nosso sangue é composto por água, e o sangue é responsável por transportar diversas moléculas para o interior das células (por exemplo, nutrientes e oxigénio) e remover resíduos (por exemplo, dióxido de carbono). Assim sendo, os sistemas cardiovascular e respiratório, o trato digestivo, o sistema reprodutivo, os rins e fígado, o cérebro e o sistema nervoso periférico, todos depende de uma hidratação adequada para funcionarem de forma eficaz.
A água é essencial para a termorregulação do nosso corpo através da redistribuição do calor ou da transpiração.
Dada a comprovada importância da água, surge-nos a questão: Que quantidade de água devemos ingerir? Não existe uma resposta exata, uma vez que, depende de fatores como o nosso peso, composição corporal, atividade física, temperatura do meio ambiente, doenças (febre, diarreia, vómitos). No entanto estima-se que uma ingestão de 30-35 ml de água por peso corporal será um bom aporte.
Quando a quantidade de água no corpo diminui, entramos num estado de desidratação. Esta diminuição pode acontecer por ingestão insuficiente de água ou por perda excessiva.
Os sinais de um estado de desidratação, ligeira ou moderada, incluem: boca seca e pegajosa, sede, sonolência ou cansaço, diminuição da produção de urina, poucas ou nenhumas lágrimas, fraqueza muscular, dores de cabeça, tonturas ou desmaio, comprometimento da função cognitiva (estado de alerta, concentração, memória), entre outros. Numa situação mais grave de desidratação ocorre sede extrema, diminuição da tensão arterial, batimentos cardíacos acelerados, pouca ou nenhuma micção, febre, delírios e inconsciência e, em casos extremos, a morte.
Tendo em conta o perigo de um estado de desidratação, é muito importante termos em atenção a quantidade de água ingerida por dia. Algumas das medidas que podemos tomar são as seguintes: aumento do consumo de outros alimentos ricos em água (sopa, legumes, fruta, leite, iogurtes, gelatinas); escolher bebidas com sabores, cores e temperatura agradáveis, tendo em conta o conteúdo de açúcar (por exemplo: infusões, água aromatizada com limão ou hortelã); ter sempre uma garrafa de água por perto; estabelecer uma meta de ingestão de água para cada segmento do dia; registar o número de copos de água que bebe (papel ou app) para controlo da quantidade e outros que julgue poderem ajudar.
Nós vamos sempre, mas sempre, necessitar de água porque… “Água é vida, água é alimento”.
Trabalhemos juntos para criar um futuro melhor e mais sustentável para todos.
Sandra Nunes, Engenheira Alimentar nas Irmãs Hospitaleiras Idanha | Sintra
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