Um Olhar Peregrino no Ano Jubilar de 2025

Este ano, celebro 25 anos de atividade profissional nas Irmãs Hospitaleiras Idanha | Sintra, Casa de Saúde da Idanha, como terapeuta ocupacional. É, sem dúvida, um marco muito feliz na minha vida e que integra um ano igualmente único, simbólico: Ano Jubilar que, tem como lema “Peregrinos da Esperança”. Este lema ajuda-me a refletir  sobre a minha caminhada ao longo de 25 anos, mas também projetar-me para novos desafios.

 

Enquanto terapeuta ocupacional, com uma abordagem centrada na pessoa na área da saúde mental, diariamente sou confrontada com situações de disfunção ocupacional em realidades sociais complexas. Encontro rotinas ocupacionais empobrecidas, pouco saudáveis, que em nada ajudam o desenvolvimento da pessoa e também a comunidade que a rodeia e que muitas vezes limita a pessoa de exercer papeis ocupacionais saudáveis e tão importantes na sua vida.

 

Chegam até nós histórias de vida marcadas por sofrimento existencial profundo. Histórias de solidão, de falta esperança e de sentido, procurando, a meu ver, retirar aquilo que a pessoa tem de mais precioso: a sua dignidade.

 

Trabalhar em saúde mental, tem sido, acima de tudo, estar presente no sofrimento do outro, devolver a esperança perdida e ajudar a rebuscar o que de melhor a pessoa tem dentro de si e a faz ser única, com voz ativa no mundo que a rodeia. No fundo, ser feliz com a sua própria historia.

 

Neste tempo jubilar, enquanto tempo simbólico de Esperança e renovação, sou chamada, como profissional de saúde e como peregrina na fé, a ser sinal de uma esperança comprometida, que se traduz na escuta, acolhimento e cuidado, aliando ciência, humanidade e esperança. Sou chamada também a ter um olhar renovado para novos contextos e abordagens terapêuticas ao serviço das pessoas que nos procuram.

 

Estes 25 anos de hospitalidade, têm sido para mim uma verdadeira peregrinação, com passos seguros e outros mais incertos, com desafios, aprendizagens constantes e com a certeza que não caminho sozinha, é feito lado a lado com colegas, irmãs, pessoas assistidas e que para mim são verdadeiros sinais de esperança e aqui acontece algo muito bonito: eu recebo estes sinais de esperança que me animam diariamente e eu procuro ser também ser sinal esperança no dia-a-dia. Ensinam-me a ter a certeza que a saúde mental diz respeito a todos e é para todos!

 

Rute Rodrigues Asseiceiro, Terapeuta Ocupacional, Casa de Saúde da Idanha

SIGA-NOS

Marcações

Subscreva
a nossa newsletter

Pagina Consultas