Teatro dá voz ao centenário da hospitalidade na Madeira

No âmbito das comemorações do centenário da chegada das Irmãs Hospitaleiras à Madeira, as Irmãs Hospitaleiras Câmara Pestana celebra este marco histórico com a estreia da peça de teatro “Elas chegaram…”, interpretada pelo Grupo de Teatro Sem Filtros.

O espetáculo, apresentado nos dias 23 e 24 de abril no Centro Cultural e de Investigação do Funchal (antigo matadouro), reviveu os primeiros momentos da missão hospitaleira na ilha, num registo intimista e emotivo que percorre quase cem anos de história, fé e dedicação ao cuidado da saúde mental.

Baseado em documentos históricos e testemunhos, “Elas chegaram…” reconstrói a narrativa da fundação da Congregação das Irmãs Hospitaleiras em Espanha, em 1881, e o desafio aceite pelas seis primeiras Irmãs que, em 1925, desembarcaram na Madeira para transformar o então Manicómio Câmara Pestana num verdadeiro espaço de cuidado, dignidade e hospitalidade.

“No meio do caos que encontraram, algo profundo acontece: assim que viram entrar as Irmãs, as doentes dirigiram-se a elas para abraçá-las, ao que as Irmãs corresponderam, perante o olhar impressionado das entidades que as acompanhavam. Aqui fica selado para sempre o compromisso da hospitalidade.”

Foi com este abraço, descrito na peça e documentado pelos relatos da época, que começou a escrever-se uma história de entrega e transformação que perdura até aos dias de hoje.

A estreia da peça contou com a presença de colaboradores, utentes, autoridades locais e comunidade civil, num momento de partilha e emoção. No dia 24 de abril, a sessão foi aberta ao público em geral, com entrada gratuita, simbolizando o espírito de abertura e proximidade que caracteriza a missão hospitaleira.

Este evento marca oficialmente o início das comemorações do Centenário das Irmãs Hospitaleiras Câmara Pestana, que se celebrará em 2025, e é um convite a recordar a força da hospitalidade como resposta concreta às necessidades humanas mais profundas.

A missão das Irmãs Hospitaleiras continua viva, inspirada por aquele primeiro gesto, por aquele abraço, um compromisso que permanece, há quase cem anos, com ciência, humanidade e coração.

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