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A família também precisa de ser cuidada

Com as transformações sociais e o envelhecimento populacional, surgem as doenças crónico-degenerativas (como por exemplo as demências), incapacitantes e as doenças mentais. Todas estas podem evoluir de forma rápida, determinando o aumento da dependência e necessidade de cuidados, e consequentemente tornar a pessoa assistida mais vulnerável e dependente na realização das suas Atividades de Vida Diárias (AVD’s), o que obriga a maior procura dos serviços de saúde.

 

A atitude que os enfermeiros adotam em relação à família é um elemento crucial no processo de cuidar. Temos de considerar a família como parceiro na prestação de cuidados.

 

O cuidar é uma função inerente aos diversos profissionais de saúde, sendo que os enfermeiros são aqueles que demonstram maior habilidade de o fazer, uma vez que passam mais tempo com os utentes e família.

Neste sentido, o enfermeiro deve procurar preparar a família, envolvendo-a como parceira no plano de cuidados, atentar aos seus receios e mudanças, de forma que a pessoa assistida e a família possam vivenciar a velhice de um modo mais harmonioso.

 

O envolvimento da família no processo de cuidar é fundamental, bem como a sua integração no plano terapêutico, permite à equipa de enfermagem assegurar que as suas necessidades também sejam atendidas, o que aumenta a sua satisfação nos cuidados prestados, assim como a relação de confiança entre a equipa e a família.

 

Assim sendo, é possibilitado aos familiares a sua participação na elaboração do plano individual de intervenção (PII) da pessoa assistida, como meio de envolvimento e intervenção na seleção das necessidades, potencialidades e expectativas que possam advir. Para além disso, ouvir atentamente, utilizar a escuta ativa, ser empático, estar presente, comprometer-se, respeitar e garantir os direitos da família, possibilitam a criação de uma atmosfera de abertura e de compromisso.

 

Os enfermeiros, de um modo geral, cuidam não só dos utentes, mas também dos seus familiares e/ou pessoas significativas, tornando-se um dos objetos do cuidado de enfermagem. É premente a preocupação e o compromisso de integrar a família nos cuidados de saúde prestados aos nossos utentes.

 

O sofrimento humano só é intolerável quando ninguém cuida”. Cicely Saunders

 

Enfermeiras: Isabel Franco e Ana Rita Pereira

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