Consulta de Perturbação de ansiedade / Pânico

Avaliação e Tratamento Especializado

Consulta de Ansiedade QUANDO PROCURAR AJUDA SINAIS E SINTOMAS SOBRE ANSIEDADE Tratamento Acompanhamento Faqs

A ansiedade é uma resposta natural do organismo face a situações de alerta, incerteza ou perigo.

Contudo, quando esta resposta se torna excessiva, persistente e desproporcional, estamos perante uma perturbação de ansiedade, uma doença psicológica séria que pode comprometer de forma significativa o bem-estar físico, emocional e funcional da pessoa.

As perturbações de ansiedade representam, atualmente, uma das patologias mentais mais prevalentes, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, nas diferentes fases da vida da pessoa.

Entre os quadros mais comuns encontram-se a Perturbação de Ansiedade Generalizada (PAG) e a Perturbação de Pânico, caracterizadas pelos seguintes sintomas, entre outros.

  • Preocupação constante,
  • Sintomas físicos intensos (como taquicardia, falta de ar, tonturas),
  • Crises súbitas de medo extremo conhecidas como ataques de pânico.

Muitas pessoas adiam o pedido de ajuda por medo, vergonha ou desconhecimento.

Contudo, a ansiedade não é uma fraqueza emocional, nem é algo que “passa com o tempo”. Quando interfere com o quotidiano, o sono, o desempenho profissional ou as relações sociais, é essencial procurar acompanhamento especializado.

O Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus dispõe de consultas especializadas em perturbações de ansiedade e pânico, disponíveis em várias unidades de saúde em Portugal, incluindo:

Cada unidade de saúde hospitaleira oferece um ambiente clínico humanizado, com equipas experientes na avaliação, no diagnóstico e no tratamento de perturbações ansiosas.

Não sofra em silêncio. A ansiedade tem tratamento. Marque a sua consulta numa das nossas unidades de saúde hospitaleiras.

O reconhecimento dos sintomas e o acesso a cuidados especializados são passos fundamentais para restaurar o seu equilíbrio e a sua qualidade de vida.

Consulte a unidade de saúde hospitaleira mais próxima de si.

 

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Como Funciona a Consulta de Ansiedade e Pânico

Irmâs Hospitaleiras

Se tiver sintomas de ansiedade ou ataques de pânico deve procurar ajuda médica o quanto antes.

No entanto, é comum muitas pessoas adiarem esse pedido por terem receio do desconhecido ou por não saberem o que esperar da primeira consulta.

Vamos explicar com clareza o que acontece durante a consulta e desmistificar o processo, reforçando a importância de uma abordagem médica estruturada.

 

A Primeira Consulta: Avaliação Clínica Integral

As consultas de ansiedade e pânico do Instituto das Irmãs Hospitaleiras inicia-se com uma entrevista clínica detalhada, realizada por um médico Psiquiatra ou por um Psicólogo Clínico.

Nesta consulta serão investigados:

  • Os sintomas actuais (a frequência, a intensidade e a duração)
  • O contexto em que surgem (a vida pessoal, a vida profissional, os antecedentes de trauma ou stress)
  • A história clínica do doente
  • A história familiar de perturbações do foro psiquiátrico
  • Os padrões de sono, de alimentação, de consumo de substâncias e o nível de funcionamento global

Esta consulta é conduzida com total confidencialidade e humanismo, num espaço seguro, sem julgamento.

O objectivo é compreender a experiência do doente, identificar a natureza dos seus sintomas e estabelecer um diagnóstico clínico preliminar.

A ansiedade não define a sua identidade. Mas ao reconhecer e compreender os seus sintomas irá iniciar o caminho da recuperação.

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Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico

Em muitos casos, poderá ser realizada uma avaliação psicológica complementar, com escalas padronizadas e instrumentos de psicodiagnóstico.

Estes instrumentos ajudam a objetivar o grau de ansiedade, a presença de padrões de evitamento, fobias específicas ou traços obsessivo-compulsivos.

A combinação entre a observação clínica, a entrevista estruturada e escalas psicométricas permite uma avaliação diagnóstica rigorosa.

Permite também diferenciar, por exemplo, a Perturbação de Ansiedade Generalizada, da Perturbação de Pânico e de outras condições com sintomatologia semelhante (ex.: hipertiroidismo, arritmias, perturbação de ansiedade social).

 

Exames Complementares (se indicados clinicamente)

Muito embora a ansiedade seja uma perturbação do foro psíquico, existem doenças que podem mimetizar ou agravar os sintomas.

Assim, poderão ser solicitados:

  • Análises laboratoriais: para avaliar a função tiroideia, os níveis de ferro, a glicemia ou marcadores inflamatórios, entre outros
  • Electrocardiograma (ECG): para excluir arritmias cardíacas de causa não ansiosa
  • Avaliação neurológica ou exames de imagem, em casos mais específicos ou complexos

Estes exames não são obrigatórios em todos os casos, são apenas realizados quando existem sinais clínicos sugestivos de causa orgânica.

 

Definição do Plano Terapêutico

Após a avaliação, o médico irá apresentar ao doente um plano terapêutico individualizado, baseado na evidência científica, e ajustado à gravidade, evolução e impacto funcional dos sintomas.

O plano poderá incluir:

  • Psicoterapia estruturada – nomeadamente Terapia Cognitivo-Comportamental)
  • Psicoeducação sobre os mecanismos da ansiedade e técnicas de controlo
  • Medicação ansiolítica e/ou antidepressiva – quando indicada e sempre com monitorização médica)
  • Intervenções complementares – como treino respiratório, mindfulness ou reestruturação do estilo de vida

No Instituto das Irmãs Hospitaleiras, cada plano de tratamento é desenhado com rigor clínico, mas também com respeito pela individualidade de cada pessoa.

A consulta de ansiedade e pânico está disponível em diversas unidades das Irmãs Hospitaleiras: Lisboa, Braga, Idanha, Condeixa, Guarda, Ponta Delgada e Angra do Heroísmo. O processo de marcação é simples, seguro e acolhedor.

Se sente que a ansiedade está a dominar e a prejudicar a sua vida, não hesite. Agende a sua consulta e permita-se recuperar o equilíbrio.

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Marcação de Consulta para Ansiedade e Ataques de Pânico

A marcação de consulta para a Avaliação da Ansiedade e/ou Ataques de Pânico é simples, rápida e acessível a todos os cidadãos.

Poderá marcar a sua consulta através de:

Com um passo simples iniciará o caminho para o tratamento efetivo e a sua  recuperação plena.

Unidades de saúde hospitaleiras com Consulta em Perturbações da Ansiedade e Pânico

O Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus dispõe de uma rede nacional de unidades de saúde, com consultas especializadas em perturbações de ansiedade e pânico, que garantem um acompanhamento clínico rigoroso, multidisciplinar e profundamente humano.

Idanha | Sintra

Irmãs Hospitaleiras Idanha | Sintra

Idanha | Sintra

tel:00351214339400

Braga

Irmãs Hospitaleiras Braga

Braga

tel:0035125203000

Condeixa-a-Nova

Irmãs Hospitaleiras Condeixa-a-Nova

Condeixa-a-Nova

tel:00351239949070

Lisboa

Irmãs Hospitaleiras Lisboa

Lisboa

tel:00351217125110

Ponta Delgada

Irmãs Hospitaleiras Ponta Delgada

Ponta Delgada

tel:00351296306320

Angra do Heroísmo

Irmãs Hospitaleiras Angra do Heroísmo

Angra do Heroísmo

tel:00351295401350

Guarda

Irmãs Hospitaleiras Guarda

Guarda

tel:00351271200840

Quando deve procurar ajuda?

Irmâs Hospitaleiras

A ansiedade é uma resposta normal do organismo perante situações desafiantes ou desconhecidas.

Contudo, quando os sintomas se tornam persistentes, intensos ou desproporcionais, podem configurar uma perturbação de ansiedade que exige intervenção clínica.

Saber diferenciar entre uma resposta normal do organismo de sintomas patológicos nem sempre é fácil, e por isso é muito importante procurar ajuda profissional desde cedo, para prevenir a cronificação do quadro e proteger a sua saúde mental e física.

Indicadores de Alerta Clínico

Deve considerar a marcação de uma consulta especializada se identificar em si ou num familiar os seguintes sinais:

  • Preocupações constantes e difíceis de controlar, sem motivo real ou de forma exagerada
  • Sensação contínua de tensão, medo ou antecipação catastrófica
  • Dificuldade em relaxar, dormir ou manter a concentração
  • Taquicardia, sensação de aperto no peito, tremores, falta de ar, náuseas, formigueiros
  • Ataques súbitos de pânico com medo intenso e sensação de perda de controlo
  • Evitamento de situações sociais, locais públicos ou situações do quotidiano
  • Medo persistente de estar sozinho, de adoecer ou de morrer
  • Diminuição da qualidade de vida, do desempenho laboral ou académico
  • Irritabilidade acentuada, instabilidade emocional ou fadiga permanente
  • Alterações do apetite, do sono ou do funcionamento gastrointestinal sem causa orgânica aparente

Se estes sintomas ocorrem de forma recorrente ou condicionam o seu dia-a-dia, é importante procurar uma avaliação médica especializada.

 

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Autoavaliação e Percepção Pessoal

A pessoa com ansiedade nem sempre reconhece os sinais do seu sofrimento psíquico. Por vezes, interpreta os sintomas como fraqueza, cansaço, timidez ou stress normal, adiando o pedido de ajuda.

Reflita sobre estas perguntas:

  • Sinto que o medo ou a preocupação estão a controlar a minha vida?
  • Evito situações que antes considerava normais por receio ou desconforto?
  • Os meus sintomas físicos surgem sem explicação médica e aumentam em contextos de ansiedade?
  • Tenho dificuldade em manter o foco, dormir ou sentir prazer nas atividades habituais?

Se responder afirmativamente a mais do que 2 destas questões deverá ponderar marcar uma consulta de avaliação.

 

O Papel da Família e da Rede de Apoio

Muitas vezes, são os familiares, amigos ou colegas de trabalho que percebem as alterações no comportamento, humor ou funcionalidade da pessoa.

Expressões como “estás muito tenso(a)”, “já não és como eras”, “pareces estar sempre com medo” ou “estás a evitar tudo” podem ser indicadores indiretos de que a ansiedade ultrapassou os limites normais de adaptação.

Se alguém próximo o alertou, ou se reconhece alterações no seu equilíbrio emocional, não ignore. A ansiedade é tratável e o acompanhamento precoce faz toda a diferença.

Evite complicações: prevenir é cuidar

A ausência de tratamento adequado pode conduzir ao:

  • Agravamento dos sintomas ansiosos
  • Isolamento social ou fobia social
  • Abuso de substâncias (álcool, sedativos, etc.) como mecanismo de fuga/terapêutico
  • Depressão associada ou perturbações do sono crónicas
  • Risco de crise de pânico grave ou ideação suicida nos casos mais severos

No Instituto das Irmãs Hospitaleiras, o acompanhamento é centrado na pessoa, adaptado ao seu quadro clínico, com apoio médico, psicológico e psicoterapêutico integrado.

Saber quando procurar ajuda é, muitas vezes, o primeiro acto terapêutico.

Se sente que perdeu o controlo da sua ansiedade, marque uma consulta e permita-se receber acompanhamento especializado. Estamos aqui para ajudar.

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Sintomas e Sinais da Perturbação de Ansiedade e Ataques de Pânico

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As perturbações de ansiedade apresentam-se sob diversas formas, podendo manifestar-se tanto através de sintomas psíquicos e cognitivos, como por manifestações físicas intensas, muitas vezes interpretadas como problemas cardíacos, neurológicos ou gastrointestinais.

Saiba identificar precocemente os sintomas da Ansiedade para iniciar um plano terapêutico adequado, evitar a evolução da doença e reduzir o sofrimento.

Os Sintomas mais frequentes das Perturbações de Ansiedade

Sintomas psíquicos e cognitivos

  • Preocupações constantes, excessivas ou incontroláveis
  • Sensação de ameaça iminente, mesmo sem perigo real
  • Dificuldade de concentração ou mente em branco
  • Sensação de estar “no limite” ou prestes a perder o controlo
  • Pensamentos intrusivos ou catastróficos
  • Hipervigilância e sensação de estar constantemente alerta
  • Medo irracional de situações sociais, multidões, espaços fechados ou abertos

Sintomas físicos

  • Taquicardia, dor torácica ou palpitações
  • Falta de ar ou sensação de sufoco
  • Suores frios, tremores, tonturas ou sensação de desmaio
  • Tensão muscular persistente (pescoço, costas, maxilar)
  • Náuseas, dor abdominal, diarreia funcional
  • Sensações de formigueiro, calor ou frio súbitos
  • Boca seca, dificuldade em engolir, sensação de nó na garganta
  • Cansaço extremo ou exaustão sem esforço físico aparente

Crises de Ansiedade versus Ataques de Pânico

A ansiedade nem sempre se manifesta em forma de ataque de pânico.

No entanto, muitas pessoas com perturbação de ansiedade apresentam episódios agudos, abruptos e intensos de mal-estar, denominados por ataques de pânico.

Os ataques de pânico são caracterizados por:

  • Início súbito e sem aviso
  • Medo intenso ou sensação de morte iminente
  • Sintomas físicos muito marcados (palpitações, falta de ar, dor no peito)
  • Sensação de despersonalização (“não me reconheço”) ou desrealização (“o mundo parece irreal”)
  • Duração geralmente inferior a 30 minutos, mas com forte impacto emocional

Após um ataque de pânico, é comum surgir o medo persistente de voltar a ter outro, o que leva ao evitamento de locais, situações ou contextos em que o episódio anterior ocorreu — fenómeno que pode evoluir para agorafobia.

A Agorafobia é um medo intenso de se encontrar em locais ou situações dos quais seria difícil escapar ou onde o auxílio não estaria prontamente disponível em caso de ataque de pânico. Como por exemplo transportes públicos, centros comerciais, filas, elevadores ou sair sozinho(a) de casa.

Este medo leva frequentemente ao evitamento e pode resultar num isolamento significativo.

 

Impacto funcional e emocional

A ansiedade interfere com:

  • A rotina diária (dificuldade em sair de casa, usar transportes, enfrentar reuniões ou filas)
  • O desempenho profissional (erro, absentismo, insegurança)
  • O sono (insónias, pesadelos, despertares frequentes)
  • A vida afectiva e familiar (irritabilidade, distanciamento, sensação de incompreensão)

Muitas pessoas convivem com os sintomas durante anos, adaptando-se de forma disfuncional. Mas a Ansiedade não é um traço de personalidade — é uma doença tratável, com possibilidade de apresentar evolução clínica favorável

Se reconhece estes sintomas em si, não adie. Marcar uma consulta pode ser o primeiro passo para recuperar a sua tranquilidade e equilíbrio.

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Mais sobre a Perturbação de Ansiedade / Pânico

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As perturbações de ansiedade são entidades clínicas bem definidas, diagnosticáveis e tratáveis.

Embora partilhem sintomas comuns, como o medo, a hiperactividade autonómica e o evitamento, cada uma exige uma abordagem terapêutica específica.

 

Principais tipos de perturbações de ansiedade

Perturbação de Ansiedade Generalizada (PAG)

  • Caracteriza-se por preocupações excessivas e incontroláveis, relativamente a múltiplas áreas da vida (saúde, trabalho, família, finanças).
  • Os sintomas ocorrem na maioria dos dias durante pelo menos seis meses.
  • Associa-se a uma grande tensão muscular, bem como fadiga, irritabilidade, perturbações do sono e dificuldade de concentração.

Perturbação de Pânico

  • Caracteriza-se por episódios súbitos e intensos de medo, com manifestações físicas marcadas (como taquicardia, falta de ar, tontura e sensação de morte iminente).
  • Os ataques surgem de forma inesperada e são seguidos por uma preocupação persistente com a possibilidade de ter novos episódios com consequentes alterações do comportamento (evitamento).
  • Pode evoluir para agorafobia, quando a pessoa começa a evitar locais onde teme não conseguir sair ou obter ajuda.

Fobia Específica

  • É o medo intenso e irracional face a objectos ou situações concretas (ex.: altura, animais, sangue, voar).
  • O contacto com o estímulo fóbico provoca uma resposta ansiosa imediata e um evitamento activo.
  • O medo interfere com a vida quotidiana, mesmo que a pessoa reconheça que é desproporcional.

Fobia Social (Perturbação de Ansiedade Social)

  • Apresenta-se como um medo intenso de ser avaliado negativamente em contextos sociais ou de desempenho.
  • As situações evitadas podem incluir falar em público, comer à frente de outros, conhecer novas pessoas ou participar em reuniões.
  • É uma Ansiedade associada a vergonha, à autoconsciência excessiva, ao rubor facial, aos tremores e a náuseas.

Agorafobia

  • É o medo ou o evitamento de situações em que escapar possa ser difícil ou embaraçoso, ou onde não haja ajuda disponível em caso de ataque de pânico.
  • Exemplos: transportes públicos, centros comerciais, filas, locais abertos ou fechados, estar fora de casa sozinho(a).
  • Pode tornar-se incapacitante, conduzindo ao isolamento.

Perturbação de Ansiedade de Separação

  • Caracteriza-se pelo medo excessivo e desproporcional relativamente à separação de figuras de vinculação (como pais, companheiro(a), filhos).
  • É mais comum em crianças, mas pode ocorrer também em adultos.
  • Manifesta-se com recusa em sair de casa, ir para a escola/trabalho ou medo de que algo de mal aconteça à pessoa de referência.

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Tratamento da Ansiedade e do Pânico – Abordagens Baseadas na Evidência

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As perturbações de ansiedade, incluindo a perturbação de pânico, são tratáveis com elevado grau de eficácia, sobretudo quando diagnosticadas precocemente e acompanhadas por profissionais especializados.

O tratamento baseia-se numa abordagem integrada e personalizada, que pode incluir psicoterapia, farmacoterapia e intervenções complementares, consoante a gravidade e o tipo de quadro clínico.

O tratamento adequado melhora a qualidade de vida, promove a segurança interior e a autonomia emocional.

Psicoterapia: intervenção de primeira linha

A psicoterapia estruturada é a abordagem terapêutica preferencial nas perturbações de ansiedade leves a moderadas, podendo ser também complementar à farmacoterapia nos casos mais graves.

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

  • É o modelo psicoterapêutico mais validado cientificamente para a ansiedade e o pânico.
  • Ajuda a identificar e modificar os padrões de pensamento disfuncionais e os comportamentos de evitamento.
  • Ensina técnicas de controlo da ansiedade, como a reestruturação cognitiva, relaxamento muscular progressivo, exposição gradual a estímulos ansiogénicos e treino respiratório.

Terapia de Exposição

  • É indicada particularmente em casos de fobias específicas, ansiedade social e agorafobia.
  • Consiste na exposição progressiva e controlada a estímulos evitados, com suporte terapêutico.

Outras abordagens psicoterapêuticas

  • Terapias baseadas em mindfulness e aceitação (ACT)
  • Terapia interpessoal (quando o impacto relacional é significativo)
  • Terapia psicodinâmica (nos casos com forte componente emocional inconsciente ou histórico traumático)

 

Farmacoterapia: apoio médico quando necessário

Nos casos de ansiedade moderada a grave, a prescrição de fármacos pode ser necessária para estabilizar o quadro clínico.

Principais classes utilizadas:

  • Inibidores Selectivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) – ex.: sertralina, escitalopram
  • Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN) – ex.: venlafaxina
  • Ansiolíticos (benzodiazepinas) – uso muito limitado e supervisionado, apenas em fases agudas e por períodos curtos
  • Outros estabilizadores do humor ou fármacos adjuvantes, quando clinicamente indicados

O início da medicação deve ser sempre supervisionado por um médico psiquiatra, com ajustes progressivos da dose, avaliação da eficácia, monitorização dos efeitos secundários e definição da duração do tratamento. A suspensão deve ser gradual.

No Instituto das Irmãs Hospitaleiras, a medicação é apenas um dos pilares terapêuticos, sempre integrada num plano de tratamento e funcional/reabilitativo mais abrangente

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Intervenções complementares

Estas estratégias reforçam o efeito do tratamento principal e são recomendadas como parte de um plano de recuperação holística:

Técnicas de relaxamento e mindfulness

  • Reduzem a hiperactivação autonómica (taquicardia, respiração superficial)
  • Treinam a atenção plena, a tolerância à ansiedade e a gestão emocional

Atividade física regular

  • Melhora comprovadamente o humor e o sono
  • Reduz a tensão muscular e a reação somática à ansiedade

Higiene do sono e rotina estruturada

  • O sono adequado regula o eixo neuroendócrino e reduz os níveis de cortisol
  • As rotinas previsíveis diminuem a sensação de instabilidade

Alimentação equilibrada e redução de estimulantes

  • Evite a cafeína, álcool e açúcares em excesso, que agravam os sintomas físicos da ansiedade
  • Garanta o aporte adequado de magnésio, ómega-3 e vitaminas do complexo B

Casos resistentes ou complexos

Quando o tratamento inicial não produz resultados satisfatórios, deve ser realizada uma reavaliação diagnóstica e ajustado o plano terapêutico. Nestes casos, pode ser necessário:

  • Combinar fármacos ou mudar de classe
  • Aprofundar a psicoterapia com outras técnicas específicas
  • Incluir estratégias psicossociais, reabilitação funcional e terapia familiar
  • Em situações muito graves e específicas, ponderam-se outras técnicas especializadas, como EMT (estimulação magnética transcraniana)

O tratamento da ansiedade e do pânico exige rigor clínico, acompanhamento continuado e escuta empática. Não há uma solução única para todos os casos, mas há sempre caminhos possíveis para recuperar o equilíbrio.

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Acompanhamento e Prevenção de Recaídas

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A perturbação de ansiedade não é apenas um episódio isolado de mal-estar.

Mesmo quando os sintomas se atenuam ou desaparecem, é fundamental garantir que tenha um acompanhamento clínico estruturado, que permita consolidar os seus ganhos terapêuticos, prevenir recaídas e promover a sua autonomia emocional a longo prazo.

O acompanhamento não deve ser encarado como sinal de dependência clínica, mas sim como uma etapa essencial de recuperação e manutenção do equilíbrio psíquico.

 

A importância do seguimento clínico regular

Após o diagnóstico e início do tratamento, o seguimento clínico permite:

  • Monitorizar a evolução dos sintomas e a resposta ao tratamento
  • Ajustar o plano terapêutico de acordo com a fase clínica
  • Aprofundar o trabalho psicoterapêutico e a autocompreensão
  • Identificar precocemente sinais de recaída ou agravamento
  • Prevenir o abandono do tratamento antes da estabilização efectiva e recuperação

O acompanhamento é um acto de cuidado contínuo. Estar em vigilância activa é proteger-se de recaídas e consolidar o processo de recuperação.

 

Estratégias de prevenção de recaídas

As perturbações de ansiedade apresentam, por vezes, cursos flutuantes, com períodos de remissão e reaparecimento dos sintomas.

A prevenção de recaídas assenta na combinação de intervenções clínicas e estratégias pessoais.

Recomendações clínicas:

  • Manter o plano terapêutico prescrito até indicação médica para descontinuação
  • Evitar a interrupção súbita da medicação
  • Comparecer às sessões de psicoterapia com regularidade
  • Solicitar apoio sempre que surgirem sintomas subtis de regresso da ansiedade

Recomendações comportamentais:

  • Promover uma rotina diária estruturada, com horários saudáveis
  • Identificar e evitar os factores pessoais de risco (ex.: stress laboral excessivo, conflitos não resolvidos)
  • Estimular hábitos saudáveis: sono adequado, alimentação regular, exercício físico regular
  • Reduzir o consumo de álcool, cafeína e outras substâncias excitantes
  • Praticar técnicas de gestão de stress: meditação, respiração diafragmática, pausas ativas

 

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O Papel da família e rede de apoio

A prevenção de recaídas não é responsabilidade exclusiva da pessoa em recuperação.

A rede de apoio (família, amigos, colegas) desempenha um papel crucial, sobretudo para identificar precocemente  alterações subtis de comportamento, humor ou de funcionamento.

  • Um ambiente seguro, não crítico e disponível emocionalmente favorece a estabilidade
  • A partilha de receios ou desconfortos reduz a probabilidade de isolamento emocional
  • Ao envolver a família em sessões de psicoeducação poderá aumentar a compreensão mútua e a eficácia do apoio

 

Reacção ao reaparecimento de sintomas

Caso ocorram sinais de recaída (como inquietação progressiva, tensão muscular, irritabilidade, insónias, medo injustificado ou evitamento crescente), é importante:

  • Não entrar em pânico nem assumir que tudo está “a voltar atrás”
  • Contactar a equipa clínica o mais cedo possível
  • Retomar sessões de apoio terapêutico ou ajustar o tratamento, se indicado

O pedido de ajuda vai evitar o agravamento e permitirá retomar o controlo em tempo útil.

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Perguntas Frequentes (FAQs) sobre Ansiedade e Pânico

Compreender a Ansiedade e o Pânico

O que é um ataque de pânico?

É uma crise súbita de medo intenso, com sintomas físicos marcados, como falta de ar, palpitações e sensação de perda de controle ou morte iminente.

Qual é a diferença entre a ansiedade generalizada e o pânico?

A ansiedade generalizada é contínua e difusa; já o pânico ocorre com episódios abruptos e intensos, com medo súbito e sintomas físicos agudos.

A ansiedade causa sintomas físicos reais?

Sim.
Pode provocar taquicardia, tremores, náuseas, tensão muscular e tonturas, mesmo sem haver uma causa orgânica identificável.

É normal sentir ansiedade em situações do dia a dia?

Sim.
Desde que seja proporcional ao contexto e seja transitória. Se for persistente ou desproporcionada, deverá ser avaliada.

A ansiedade é considerada uma doença mental?

Sim.
Quando é persistente, intensa e interfere no funcionamento diário da pessoa, é classificada como perturbação de ansiedade.

Quais os principais tipos de perturbação de ansiedade?

Os principais tipos são: ansiedade generalizada, perturbação de pânico, fobias, ansiedade social, agorafobia e ansiedade de separação.

Tratamento da Ansiedade

A ansiedade tem cura?

Sim.
Tem um controle clínico eficaz. Com o tratamento adequado, a maioria das pessoas recupera e retoma a sua vida de forma funcional.

O tratamento é sempre com medicamentos?

Não.
Há muitos casos que são tratados com psicoterapia. A medicação só é usada quando é clinicamente necessária.

A psicoterapia é eficaz no tratamento da ansiedade?

Sim.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é particularmente eficaz no controle de sintomas ansiosos.

Existem terapias complementares para a ansiedade?

Sim.
As técnicas de mindfulness, relaxamento e respiração diafragmática são muito úteis sempre que integradas no plano clínico.

Quando é necessário iniciar a medicação?

Quando os sintomas da ansiedade são moderados a graves, persistentes, ou quando há risco de agravamento do quadro clínico.

A medicação para a ansiedade causa dependência?

Os ansiolíticos benzodiazepínicos podem causar dependência se forem usados por longos períodos.

Evolução e Prognóstico da Ansiedade

Quanto tempo demora a recuperação?

Não há um tempo determinado.
Em geral, pode variar entre semanas a meses, consoante o tipo de ansiedade, e considerando a adesão ao tratamento e o apoio disponível.

A ansiedade pode desaparecer sozinha?

A ansiedade pode melhorar com a adoção de mudanças no estilo de vida, mas os casos mais persistentes exigem sempre uma avaliação e tratamento especializados.

A ansiedade pode reaparecer depois de tratada?

Sim.
É possível ter recaídas, especialmente em períodos de stress elevado. O seguimento clínico é importante.

A ansiedade é uma condição crónica?

Nem sempre.
A ansiedade pode ser episódica ou crónica. E tal depende da causa, do tratamento e de fatores individuais a cada pessoa.

É possível ter qualidade de vida com perturbação de ansiedade?

Sim.
Se houver um acompanhamento adequado, é sempre possível recuperar a estabilidade emocional e funcional.

A ansiedade pode levar à depressão?

Sim.
Quando a ansiedade é prolongada e não é tratada, pode evoluir para um quadro depressivo associado.

Critérios para Procurar Ajuda

Como sei se devo procurar ajuda?

Se a ansiedade interferir na sua rotina, no seu sono, nas suas relações interpessoais ou bem-estar, deve marcar uma consulta especializada.

Quando é que a ansiedade se torna uma perturbação clínica?

Quando é excessiva, quando dura mais de seis meses e limita o funcionamento pessoal ou profissional da sua vida.

Devo procurar um psiquiatra ou psicólogo?

O psiquiatra avalia do ponto de vista médico e pode prescrever o tratamento; o psicólogo intervém com psicoterapia, poderá procurar primeiro o médico e seguir com psicoterapia mediante o seu aconselhamento.

A ansiedade pode ser sinal de outra doença?

Sim.
Pode estar associada a doenças médicas como o hipertiroidismo, défices vitamínicos ou alterações hormonais.

Quem tem mais tendência a desenvolver ansiedade?

Têm mais risco as mulheres, as pessoas com historial familiar e as pessoas com traumas precoces ou stress crónico.

Posso fazer uma autoavaliação da ansiedade?

Sim.
Os questionários clínicos ajudam bastante na triagem, ainda que não substituam o diagnóstico profissional.

Gestão da Ansiedade Aguda

O que devo fazer durante um ataque de pânico?

Deve respirar lenta e profundamente, sentar-se num local seguro e tentar focar-se no presente. Procure ajuda médica se os sintomas persistirem.

Como posso controlar a ansiedade no dia a dia?

Pode adotar rotinas de sono, exercício físico regular, ter uma alimentação equilibrada e aplicar técnicas de relaxamento.

A ansiedade pode causar alguma sensação de despersonalização?

Sim.
Em situações agudas, pode surgir a sensação de estar “fora do corpo” ou de que o mundo não é real.

O que devo fazer se a ansiedade me impede de sair de casa?

É essencial que procure ajuda médica. Pois pode tratar-se de agorafobia associada à ansiedade de pânico.

Devo evitar cafeína e álcool se tenho ansiedade?

Sim.
Ambas as substâncias podem agravar os sintomas ansiosos e interferir com o seu tratamento.

A ansiedade pode causar medo de morrer?

Sim.
É um sintoma comum nos ataques de pânico, embora não represente um risco real.

Marcações

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Cartaz Gabinete Comunitário
Cartaz Estimulação cognitiva e psicomotora individual ao domicílio
Cartaz Estimulação cognitiva e psicomotora grupal em instituições

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Ginásio Cerebral Sénior Comunitário

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Projeto RIPA - Resposta Integrada para Perturbações Alimentares

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Projeto PEPE
Cartaz PEPE

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