Nas Irmãs Hospitaleiras, o tratamento da Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) no adulto é sempre individualizado, adaptado à apresentação clínica, ao grau de impacto funcional e às necessidades específicas de cada pessoa.
Não existe um modelo terapêutico único ou universalmente eficaz.
Para além disso, a PHDA é uma perturbação crónica e, como tal, pode exigir ajustes ao longo do tempo, reforçando a importância de um acompanhamento médico regular.
A abordagem mais eficaz é geralmente multimodal, e combina psicoterapia estruturada, intervenções psicoeducativas, estratégias de autorregulação emocional e tratamento farmacológico, prescrito e monitorizado medicamente.
Psicoterapia
A psicoterapia cognitivo-comportamental adaptada à PHDA é uma das intervenções adotadas pelas irmãs Hospitaleiras com maior evidência na fase adulta.
Permite melhorar o funcionamento executivo, o autocontrolo, a autoestima e a organização quotidiana.
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
- Ensina estratégias práticas de gestão do tempo e das tarefas
- Ajuda a reconhecer e a modificar padrões de pensamento disfuncional
- Melhora o controlo da impulsividade e a tolerância à frustração
Treino de Competências
- Técnicas para aumentar a atenção sustentada
- Desenvolvimento de rotinas e planeamento semanal
- Organização do espaço físico e das prioridades
Intervenções Psicoterapêuticas Complementares
- Psicoterapia psicodinâmica, em casos com sofrimento emocional prolongado ou traumas associados
- Terapia de aceitação e compromisso (ACT), centrada na flexibilidade psicológica
- Coaching em PHDA, focado em soluções e em objetivos funcionais
Psicoeducação e Intervenção Familiar
A compreensão da perturbação é essencial para o sucesso terapêutico. Nas Irmãs Hospitaleiras a psicoeducação inclui:
- Explicação do funcionamento cerebral e das limitações executivas;
- Estratégias para lidar com distrações, adiamentos e impulsividade;
- Apoio à família e parceiros para facilitar a comunicação e o suporte adequado.
Farmacoterapia
A medicação pode ser uma componente fundamental no tratamento da PHDA no adulto, sobretudo nos casos moderados a graves ou quando os sintomas causam prejuízo significativo no funcionamento pessoal, social ou profissional.
Fármacos utilizados:
- Psicoestimulantes, como metilfenidato e lisdexanfetamina, são frequentemente os mais eficazes
- Não-estimulantes, como a atomoxetina, são usados em casos com comorbilidades ou contraindicações aos estimulantes
A prescrição deve ser sempre avaliada e monitorizada por um médico psiquiatra das irmãs Hospitaleiras, com controlo de efeitos secundários, adesão ao tratamento e resposta clínica.
A sua utilização depende do perfil clínico, preferências da pessoa, presença de comorbilidades e resposta às intervenções não farmacológicas.
Estratégias Complementares: Hábitos de Vida e Autocuidado
O estilo de vida pode influenciar diretamente o controlo dos sintomas da PHDA.
Técnicas de Relaxamento e Mindfulness
- Ajudam a reduzir o stress e a ansiedade que exacerbam os sintomas
- Melhoram o foco e a regulação emocional
Exercício Físico Regular
- Melhora a capacidade de atenção
- Contribui para a estabilização do humor e do sono
Organização ambiental e digital
- Para minimizar estímulos desnecessários
- Permite usar ferramentas tecnológicas para lembretes, listas e calendarização
Estas estratégias não substituem o tratamento clínico, mas potenciam a sua eficácia e são indispensáveis numa perspetiva de autonomia e funcionalidade
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